Um projeto para contar parte da história de Bambuí: esse é o “Último dos Últimos”, uma parceria entre o IFMG e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que pretende fazer um resgate histórico do Sanatório São Francisco de Assis, centro especializado no tratamento de pacientes com hanseníase na cidade.
O trabalho é recente e foi inspirado pelo professor Hudson Rosemberg Poceschi e Campos, diretor de Extensão, Esportes e Cultura do IFMG em Bambuí. “A ideia surgiu após eu ler o livro ‘Holocausto Brasileiro’, de Daniela Arbex, que conta a história do Sanatório de Barbacena. Percebi semelhanças entre o tratamento dado aos deficientes mentais e aos acometidos de hanseníase. Numa conversa com moradores da colônia, vi a necessidade que eles tem de contar suas histórias. Procurei então a direção da Fhemig local e eles gostaram muito da ideia”, conta.
Hudson destaca os principais objetivos do projeto: “vamos entrevistar antigos pacientes, servidores, religiosos, e recontar a história da colônia desde a época da internação compulsória e isolamento até a fase de humanização do tratamento, no início dos anos 1980”. Ele também revela a intenção de construir um roteiro e promover visitas monitoradas aos antigos pavilhões, à cadeia e ao parlatório, além da implantação de um memorial da hanseníase.
Participação dos alunos
De acordo com os idealizadores, a ideia é contar com os alunos do IFMG em todas as etapas do projeto, desde a pesquisa por informações até em cursos de capacitação a serem realizados em parceria com a Fhemig. Esses estudantes seriam bolsistas de extensão e voluntários.
Origem
Hudson explica que o nome “Últimos dos Últimos” deriva da fala utilizada pelo Padre Mário Gerlin, responsável pelo processo de abertura e humanização do tratamento dos internos na antiga colônia. Ele teria dito: “vim a Bambuí para ajudar os últimos dos últimos”.
Equipe da Diretoria de Extensão, Esportes e Cultura do IFMG em Bambuí.
• Saiba mais sobre o Projeto Último dos Útimos.