Latas, garrafas pet, papelão e outros materiais recicláveis ganharam vida nova nas mãos dos estudantes do Campus Ouro Branco. Por meio de um trabalho proposto no primeiro semestre pelo professor de Educação Física, Carlos Eduardo Souza, dentro da temática Jogos e Brincadeiras, os alunos construíram brinquedos, discutiram sobre a história dos jogos e suas transformações.
Segundo o professor, após desenvolver diversos conceitos em sala de aula, a cada semana cada grupo de estudantes apresentou os brinquedos produzidos e realizou uma oficina para ensinar os colegas a construir o material.
A ideia do projeto foi trabalhar elementos históricos e problematizar a questão do meio ambiente e do consumo. “O objetivo principal é valorizar a criatividade dos alunos. Os aspectos lúdicos do brincar e fazer um contraponto do que temos visto hoje, relacionado à questão do brinquedo. Existe uma indústria cultural que faz com que a criança queime etapas, porque não tem a oportunidade de construir seus próprios brinquedos”, explica o docente.
O aluno do 1° ano do curso Técnico em Administração do campus, Douglas Diego de Faria, gostou da experiência de pesquisar e construir brinquedos e jogos. “Achei muito interessante o trabalho, porque hoje em dia tudo a gente compra. E, além disso, a turma está muito mais unida”, conta o estudante.
Já a aluna Mariana Alcântara Campos Vieira descobriu que é possível se divertir sem precisar gastar muito dinheiro. “Abri meu olhar para as coisas que podemos construir. O jogo pode ser uma coisa simples e muito divertida, não precisa ser o brinquedo que passa nas propagandas da TV. Quem não pode comprar também pode se divertir”, explica.
Exposição de brinquedos
Para encerrar o projeto, os alunos realizaram uma exposição dos brinquedos. A ação homenageou o jornalista e escritor uruguaio, Eduardo Galeano, falecido no início do ano.
De acordo com Carlos Eduardo, Galeano “sempre fez esse debate de contrapor o corpo midiático e os estereótipos a partir da valorização da cultura, a partir do olhar do latino americano. Por isso, ele foi escolhido para dar nome à exposição que finalizou o nosso trabalho”, concluiu.
(Fonte: Comunicação / Campus Ouro Branco)