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Produção local é foco de projetos no IFMG Bambuí

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Geleia real, própolis, cera... Esses são alguns derivados do mel já bem conhecidos pelos brasileiros. No IFMG Bambuí, projeto trabalha pela popularização de mais um produto nesta linha, trata-se do hidromel, antiga bebida artesanal proveniente da apicultura já tradicional em outros países.

A proposta é difundir, entre os pequenos e médios produtores da região de Bambuí, mais este derivado do mel que, assim como os demais, é um produto natural e que necessita de tecnologia simples, tornando-se uma alternativa a mais para complemento de renda. De acordo com o coordenador do curso de Zootecnia, professor Jeferson de Oliveira, além do baixo investimento, outro atrativo seria a possibilidade de se utilizar méis de qualidade inferior, não propícios para a comercialização.

Como a produção de hidromel se dá de forma empírica e artesanal, podem ocorrer alguns problemas durante a fabricação. Outro entrave diz respeito à falta de uniformidade do produto final: devido à variação da quantidade de água presente no mel em diferentes épocas do ano, para se obter um teor alcoólico adequado deve-se realizar uma preparação diferente. “Porém, como o hidromel é fabricado de forma empírica, não é realizado este ajuste, levando a um produto final diferente”, conta o professor.

Os pesquisadores pretendem divulgar o hidromel, bem como suas boas práticas de fabricação e comercialização. “A ideia é testar as melhores formas de fabricação para, posteriormente, repassar a fórmula ao produtor e facilitar seu trabalho, garantindo uma bebida de qualidade”, detalha Jeferson de Oliveira.


Frango caipira
Outra proposta desenvolvida no Campus Bambuí está ligada à produção de aves tipo caipira para comercialização. A maioria dos pequenos produtores rurais no Brasil tem a criação desses animais como alternativa para obtenção de alimento de alto valor nutritivo e de rentabilidade.

Para o zootecnista e professor Adriano Geraldo, coordenador do projeto, trata-se de um mercado promissor, já que existe a valorização deste produto pela população urbana e a oferta é menor do que a demanda. Uma das limitações da produção, porém, tem a ver com a dificuldade do produtor em comercializar seu produto final, devido à falta de lugares adequados e legalizados para abate. “Além das boas práticas relacionadas ao manejo, nutrição, biosseguridade e demais variáveis do processo produtivo, o momento do abate e da comercialização se torna extremamente importante para a segurança alimentar do consumidor”, explica o docente.

Existe, ainda, preocupação com questões ambientais decorrentes do abate clandestino. Assim, o projeto propõe a construção de um espaço físico com equipamentos para um miniabatedouro de aves como alternativa para melhoria das condições de trabalho, sejam elas higiênico-sanitárias ou comerciais. O objetivo é garantir ao consumidor que o alimento esteja de acordo com os padrões estabelecidos pelos órgãos de saúde e, simultaneamente, facilitar o processo produtivo do criador.

A ideia é um modelo de gestão associativista/cooperativista, em que os próprios criadores teriam sua marca, uma logística de produção e comercialização de acordo com as normas pré-estabelecidas e o apoio técnico profissional.


Além das fronteiras
Os projetos foram apresentados pelos professores – Adriano Geraldo e Jeferson de Oliveira – e por quatro alunos no V Fórum franco-brasileiro “Educação e Sociedade”, na cidade de Arras, França, em outubro de 2015. A iniciativa foi ponto de partida para o estudo de uma parceria ampla que vem sendo construída com instituições francesas e deverá abranger intercâmbio em diversas áreas – agroecologia, produção animal, produção vegetal, meio ambiente, formação de pessoas. 

A proposta foi discutida em reunião na embaixada da França em Brasília, contando com a presença do secretário da agricultura da França, Gerardo Ruiz, do presidente do Conif, Belchior de Oliveira Rocha, e de vários participantes do Fórum. Houve, também, apresentação para a comunidade escolar. Atualmente, a Diretoria de Pesquisa e Extensão do Campus Bambuí assumiu, oficialmente, os trâmites legais para firmar as parcerias da unidade. 

                               Pesquisadores apresentaram projetos em evento internacional em 2015

 

                               Experiências vivenciadas na França foram compartilhadas

 

 

 


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